ALMA ... TRABALHADA

ALMA … trabalhada…

Era uma vez ... um moinho que moia...moia sem cessar... mas um dia... pensou … estou aqui petrificado... com minhas velas ao vento, à tempestade, ao sol, ao tempo... fizerem-me... sem coração, sem olhos, sem boca... sem nada... e eu aqui ao tempo... Vou sorrindo às tempestades... vou amando o trigo, o milho o centeio e … trabalho-os com tanto amor!. Tenho que os…  trabalhar... mas sim... trabalho-Os… com ardor e amor, sentindo o pó dessa “ALMA” que deve ser bem trabalhada e amada... ah, como fico tão feliz ao moer essa “ALMA”...que depois ...é espalhada a fim de ser ainda mais trabalhada , até... molestada até se tornar em PÃO! E eu... aqui ao vento... nem me alimento mão não sinto em vão…Minhas velas são tão  frondosas que até parecem ter coração. Gira... gira... gira ao vento ... vou moer quase meu pensamento... mas moldando... afastando meu tormento e avisto de longe ... na imensidão do tempo... o caminhar deste momento... que para bem longe espalha o meu alento e quase em alma ... é formado e triturado aquele” pó”... feito depois em PÃO onde existe um coração.

Agora...(13.01.2014 - às 17:58h)

Doroteia (Tété)