PORTUGAL ...

20-04-2014 04:40

PORTUGAL…

Eram penas, peninhas… pequeninas e branquinhas que salpicaram o espaço...desenhado só com um traço .  Era um embaraço… tanta pena… mas que cena! Olhei para todo o lado… o traço estava desenhado… mas donde vieram estas penas? Tão lindas, tão pequenas … Senti uma brisa, suave e doce como se um beijo  de chocolate, fosse…  e de repente sem eu sentir gente… as penas esvoaçaram… naquele traçado de luz… e ouvi um truz truz… No branco envolvente de tanta pena e sem gente… quase levitei e suspirei… mas que cena… donde virá tanta pena?!  Raios de sol entraram no espaço… e naquele traço comecei a ver silhuetas de meninos gordinhos… que traziam umas sectas e corações pequeninos! Que estranho pensava eu… fiquei hirta, quase gelada…mais parecia uma madrugada e então  fiquei colada e já quase sem fala… fiquei calada! Os meninos sorriram… eram gordinhos, anafadinhos …e com suas sectas colheram as penas  branquinhas que esvoaçavam sem cessar, naquele espaço que era um embaraço! O espaço era uma pintura, cheia de ternura onde repousei meu olhar… que sonho tão bonito, mais parecia um mito, para eu viver e pensar! Fiquei rodeada dos meninos e entraram muitos passarinhos que no bico traziam UM cantar… e uma bandeira para içar! O som do trompete se ouviu… e de repente surgiu uma luz intensa, imensa que me aqueceu e me envolveu! Mas que pintura tão bela, mais parecia uma aguarela…. As bandeiras eram pequeninas…. Mas foram içadas no tempo… tinham o azul e o branco, nunca o cinzento…eram um encanto… e…entendi o momento… e…percebi o pensamento… Quase gritei de lamento… OS MENINOS ERAM ANJOS, eram senão ARCANJOS , havia um cheiro a sal, cheiro do meu PORTUGAL que estando doente e já muito mal, só de PENAS VIVE e já nem consegue ser LIVRE.

20 Abril 2014 às 04.38 h

Doroteia (Tété)