RESPEITAR ...

RESPEITAR…

Oh flor, florzinha tão linda e pequenina… trazes até mim o encantar!  Avistei-te de longe e senti teu odor, linda flor! Estás ao vento… ao tempo… mas sempre linda e a cantar de amor! As ervas sorriram, as pedrinhas luziram e os campos se abriram… a borboleta agitada, voando ..voando já cansada, poisou na flor avermelhada.  Deu um suspiro…mais parecia um tiro… e fechou suas asas, lindas e alaranjadas, deixando-se adormecer. Que belo quadro faria um pintor e amaria sentir, esta natureza feita de tanta beleza. A borboleta respirava, misturava-se com a florzinha, que não sendo minha estava plantada no meu olhar. Continuei a observar… a Flor estava a ficar cansada, a borboleta a abraçava quase a partia e a agitava! Aparece uma criança, loirinha e cheia de esperança, seu saltar era uma dança e o respirar mais parecia um cantar. Ah! Que linda borboleta, disse a criança… tinha uma trança e olhar de luar. A sua mãozinha muito branca, tentou apanhar a borboleta que tinha pinta preta no tom de laranja na asa. A borboleta voou por cima da cabeça da criança… em círculos pequenos e agitados mas pela criança adorados. A florzinha sentiu-se respirar e ao olhar … foi de encantar ao encontro daquele olhar de luar… a criança sorriu, a borboleta subiu… a flor não se partiu ! Estes três seres se uniram … a borboleta voava… a florzinha respirava… a criança olhava… todos eles amavam o momento respeitando cada vida com alento! A flozinha não foi colhida pois a criança sentia-a viva; a borboleta não foi apanhada, a criança sentiu que a amava. Belo quadro no sentir… belo quadro no viver… belo quadro para se pintar e desta forma soletrar o verbo AMAR.

Hoje  23 Fevereiro 2014  às 03.35 h

Doroteia (Tété)